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01-12-2005

Já bati nesta tecla


Crónica da América

Como o título destas falas indica, já bati nesta tecla por mais de uma vez.
Ninguém fez caso, como eu esperava, a não ser alguém discordando da "doutrina" em causa. Mas, a nossa vida à superfície deste planeta nada mais é do que uma luta constante entre o bem e o mal. Entre Deus e o diabo. Entre
o quente e o frio. Entre a luz e a sombra. Porém, o Criador das coisas - se as coisas tiveram uma criação inteligente, designada, precisa, com objectivo determinado, como querem os criacionistas - parece propor-nos um repto, um
desafio a cada esquina da nossa precária existência.
Confunde-nos. Deixa-nos sem respostas. Baralhados. Aturdidos.

Procurando atabalhoadamente, no fundo do saco da inteligência e da razão que nos deu, resposta para os problemas que nos põe. Mas esses instrumentos estão vazios e inúteis ante o "poder mais alto que se alevanta". É convicção dos "doutores" que estudam o porquê da criação de que tudo foi criado para "bem" nosso.

O Criador é um ser todo bondade, todo bem, todo amor, todo justiça. O mal é atrubuído a esse anjo da noite, qual morcego, a que nos ensinaram a chamar diabo. E eu, na minha ignorância, gostava de saber a quem atribuir
essas diabruras chamadas maremotos, cheias, tornados, ciclones, tremores de terra, e de tudo o que está no âmago da própria criação.


Na verdade, como se pode comparar o acto que odeia, rouba ou mata o seu irmão, à desgraça sumamente maior dum ciclone chamado Katrina? Acham os amigos que o Katrina, ou todos os desastres naturais que matam ou deixam na miséria milhões de criaturas, são obras de Deus ou do Demo? Alguns pastores evangélicos já disseram que esses malefícios nos são mandados por Deus, como castigo dos pecados humanos. Se tal é verdade, essas matanças e destruições indiscriminadas deixam-nos a pensar sobre o amor, a bondade e a justiça de quem manda essas razias, que afectam sempre mais os pobres do que os ricos.


Não obstante aquela sentença do Pregador da Galileia, que dizia que era mais fácil entrar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino dos céus. Ele, que defendeu sempre os pobres e os humildes, decerto que não os castigaria com ciclones, tornados, sismos e maremotos. Atribuir todos esses malefícios ao Demo seria, também, atribuir-lhe tantos poderes e influência como a Deus, o Criador de tudo quanto existe.


Às vezes dá vontade de perguntar ao Criador das Coisas porque nos deu a inteligência, a razão e o sentido dos valores do bem e do mal, para discutir estas coisas, que nos preocupam e nos fazem pensar. As pedras, as árvores ou os bichos, decerto não devem ter estes problemas. Terá sido um erro da Sua parte ter-nos dado o dom de pensar? E pensar será pecado? Devemos ou não usar esse instrumento que é o piloto da barca da nossa vida? E que "pensam" vocês de tudo isto? Ou será preferível pensar em coisa nenhuma?

Manuel Calado*
*Jornalista nos EUA

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